Então Biel, eu sempre gostei da engenharia da Ford do Brasil desde quando ela lançou aqui no nosso mercado , o seu primeiro motor 100% a etanol no início da década de 80.

Ela sempre se mostrava como a pioneira e na vanguarda naqueles tempos, ao esmerar e aperfeiçoar no desenvolvimento tecnológico dos seus novos motores, sempre que o assunto eram o etanol e exatamente por isso , ela era respeitada por aqui desde aqueles tempos.

Mas com toda essa evolução tecnológica disponível e que envolve os mais recentes motores flex, fica difícil de imaginar atualmente que todos esses fabricantes como a Hyundai, Chevrolet, VW , Ford e as demais coreanas além das outras marcas de veículos flex de economizarem na elaboração e calibração de suas ECUs simplesmente pq se elas adotarem essa atitude bem suspeita e pouco recomendada, jamais eles vão atingir o objetivo principal deles de oferecerem esses novos motores apresentando cada vez mais, um melhor rendimento geral, esteja ele alimentado com gasolina, com etanol e mesmo com a maior infinidade de misturas possíveis entre ambos esses combustíveis.

E sobre a calibração da ECU desse motor Gamma 1.6 em especial, pelo menos nas minhas experiências já realizadas a cada 5% de variação na mistura de gasolina adicionada ao etanol, eu já percebi sim nitidamente que ocorre uma leve mudança nas médias de consumo obtidas e tbm mostradas no comp. de bordo, até bem mais do que as percepções reais das diferenças nas mudanças em desempenho ocorridas com essas variações de combustíveis.

E isso ocorre simplesmente pq o etanol tem uma combustão bem diferente do que ocorre com as gasolinas e a sonda lambda do escape está lá exatamente para detectar qq uma dessas possíveis misturas atravéz da composição dos gases do escape, quando já se sabe que a queima de gasolina produz bem mais monóxido de carbono do que o etanol e vice versa além de outros gases nocivos produzidos tanto pela combustão da gasolina e tbm pelo etanol mas em menor quantidade e assim, a ECU, que já está perfeitamente calibrada e instruída para ler e detectar todas essas minimas variações no teor desses gases queimados que passam por essa sonda lambda, vai saber informar exatamente para essa ECU, quais serão com exatidão , o teor de cada combustível, entre gasolina e etanol e com isso, essa ECU por sua vez, já saberá tbm e com exatidão, quais serão os mapas ideais a serem aplicados e utilizados por ela no funcionamento do motor a cada momento, não importa o tipo e a forma de dirigir de cada condutor , das condições climáticas , do tipo de combustível e de carga aplicadas ao motor .

Enfim, tudo está perfeitamente harmonizado entre todos esses sistemas de um veículo atual e eu já estudei sobre isso mais a fundo incluindo toda a mecânica e elétrica de um automóvel e por isso, posso afirmar aqui com total segurança que o assunto empolga bastante a qq profissional mais dedicado desse ramo pq mostra as maravilhas possíveis e que podem ser realizadas pela engenharia automotiva quando os fabricantes decidem que querem de fato surpreender o seus mercados consumidores e afirmo ainda que as capacidades dos sistemas de memorização e de aprendizado de cada uma dessas ECUs é gigantesca com toda aquela sua vasta biblioteca de dados já armazenada em forma de mapas e funções as mais diversas e variadas e que mostram ser quase infinita, por isso que sempre e em qq condição de utilização tanto do veículo e tbm do tipo ou mistura de combustíveis contido no tanque, no caso de câmbio manual ou automático, o motor vai estar sempre corretamente regulado para atingir a sua condição ideal de funcionamento e sempre na busca para se obter com isso o seu melhor rendimento, não importa qual o estilo de guiar de cada condutor.

Obs : Se faz até desnecessário citar aqui que para se atingir todos esses objetivos programados previamente pelos fabricantes nas suas ECUs, que o motor além de todo o veículo deve estar sempre em perfeitas condições mecânicas e elétricas gerais, com todos os seus sensores funcionando perfeitos , caso contrario, se houver desde uma pequena anomalia tanto na parte mecânica ou elétrica qq , por menor que ela seja e para qq um modelo de veículo atual, isso vai certamente afetar todo o motor de atingir assim o seu máximo rendimento.

Finalmente lembrando que todos esses sistemas atuais desses veículos dessa mais recente geração estão totalmente interligados entre sí na sua ECU atravez de cabos e de sensores, por isso que existe essa real importância para se manter sempre qq veículo atual na sua mais completa ordem de funcionamento geral tanto quanto a sua manutenção preventiva e tbm com a corretiva !

Sim Biel, interessante e oportuno esse seu comentário, lembrei com certeza daquela famosa parceria do Schumi da Beneton com a Ford e a criação daquelas novas ECUs com os sistemas EEC III , EEC IV e a ultima versão EEC V , que era a mais moderna dessas tres.

Essa então nova série de ECUs equiparam com muito sucesso e êxito , vários modelos mundiais da Ford já naquela época , ao redor de 1994 a 1998 !

O detalhe mais interessante que se percebia ao conduzir aqueles fiestas 1.0 e 1.3 com aquele motor Endura e essas ECUs era a elasticidade surpreendente que aqueles pequenos motores exibiam naquela época e que faziam todos os seus demais concorrentes de mesma cilindrada morrerem de inveja daquela boa façanha técnica.

Exatamente isso , era fato essas façanhas exibidas por aqueles pequenos motores da Ford desde aquelas épocas.

Sim, os motores Ford Zetec 1.8 e 2.0 dos mondeos daquela época tbm respondiam super bem mostrando uma invejável elasticidade de funcionamento com essa nova série de ECUs.

Tive muitas oportunidades de guiar em rodovias com vários deles e gostava de sentir daquela inesquecível sensação transmitida de um ótimo desempenho com uma boa elasticidade geral para aquela época e ainda fazendo tudo aquilo com aquelas nossas sempre medíocres gasolinas.

Numa prova bem real de que quando de fato um fabricante quer e decide fazer algo tecnicamente surpreendente para mostrar ao mercado, que não existem barreiras para impedir que se consiga atingir ótimos objetivos.

E já que estamos falando da Ford dos anos 90 e dos seus veículos equipados naquela época com essas ótimas ECUs, jamais esqueço que um amigo meu Rogério comprou em 1998 um Ford Mustang GT V8 5.0 do ano de 1995 com o câmbio manual de 5 marchas semi-novo vermelho maravilhoso e me chamou para testarmos esse seu novo bólido nas rodovias próximas da nossa cidade.

A injeção dele era comandada por uma ECU EEC-V , a mais evoluída delas que fazia a adaptação automática daqueles nossos horríveis lixos de gasolina comum a essa formidável injeção multiponto super bem gerenciada e aquele motor V8 5.0 da Ford funcionava tão macio , potente e corretamente bem calibrado que não se acreditava naquele milagre de funcionamento perfeito com um ótimo rendimento.

Tinha 218 cvs com um pouco menos de 40 kgfm de torque mas o som que saia do duplo escapamento daquele V8 eu nunca mais me esqueci.

E quem aqui se lembra ainda daquelas famosas picapes pequenas da Ford , aquelas Ranger menores com cabine simples lançadas aqui em 1994 e importadas acho que até 1997 com o motor Ford V6 4.0 somente a gasolina com 164 cvs e torque de mais de 30 kgfm que impressionavam com a maciez , a elasticidade , o torque e a potência mostrada por aquele fabuloso motor equipadas igualmente com essa mesma ECU da serie EEC V comandando o seu sistema de injeção eletrônica de combustível e que deixaram muita saudade no nosso mercado.

E retornando ao assunto desse tópico, mais outro tanque consumido já utilizando experimentalmente o novo par de pneus 195/65-15 e a média final ficou dessa vez nos 9,4 kms/l .

Mas que na realidade, nem irei considerar essa última média acima, pq no meio desse teste fui obrigado a misturar os 15% de gasolina no restante do etanol puro contido no tanque para auxiliar o motor 1.6 dele a dar uma partida mais fácil nessas manhãs mais frias pq o sistema original de gasolina dessa partida a frio dele está sem funcionar por falha em alguma peça dele.

E agora há uns 3 dias atrás, mais um outro tanque repleto com a nova mistura de 85% de etanol com 15% de gasolina comum foi abastecido e iniciou-se assim, uma outra nova média de consumo sempre rodando nas mesmas condições básicas e gerais de percurso e usando o mesmo estilo leve e cuidadoso de guiar nessa utilização diária desse nosso HB20 e na mesma rotina de sempre.

E a média de consumo por enquanto está nos 9,7 kms/l até esse momento após rodar um total parcial de 58,6 kms em percurso basicamente urbano mais leve nesses 3 dias depois de reabastecer esse veículo.

Vamos ver como será finalizada essa nova média de consumo desse tanque de combustível abastecido agora com essa nova mistura de combustíveis acima citada.

Percebi que está havendo até agora um desconcertante empate técnico entre os pneus 185/65-15 com esse último 195/65-15 porém com uma leve tendência ao pneu maior estar se mostrando ainda um pouco mais econômico.

Mas sinceramente que essa ultima e maior medida está me agradando um pouco mais do que essa medida anterior, devido ao maior silencio e maciez ao rodar sem ainda perder a boa estabilidade geral que deve ter melhorado bem levemente com esses novos pneus um pouco mais largos na frente do que antes e o melhor de tudo, as respostas nas acelerações leves em baixas e médias rotações estão se mostrando muito semelhantes e sempre ótimas e prontas com ambas essas medidas de pneus.

Apesar de que , na verdade , ainda não cheguei a explorar um pouco mais a fundo todo o desempenho desse motor 1.6 já com essa nova medida de pneus, talvez devido aos atuais testes de consumo médio que me obrigam a rodar sempre mais padronizado com o pé bem leve no acelerador com o único objetivo de se obter uma maior economia possível !