Ainda dentro desse assunto, somente lembrando que no caso dos motores HB20 1.0 turbo flex, que a dona Hyundai do Brasil anuncia publicamente mas de forma bem errada que esses seus motores desenvolvem o mesmo torque e potência não importa qual o tipo de combustível for abastecido.

Pois em muitos testes independentes realizados em dinamômetros de publicações especializadas, já foram confirmados repetidas vezes de que esses motores oferecem na realidade sempre um pouco mais de potencia e torque quando abastecidos com etanol do que com qq das gasolinas.

E ainda melhor do que isso é o fato muito importante a ser considerado de que com qq das gasolinas, qq motor turbo vai cortar logo uma boa parte de sua potência máxima se comparado a quando esse mesmo motor estiver alimentado com qq das gasolinas.

O motivo são as estratégias de proteção contidas nas ECUs desses motores que são acionadas preventivamente e de imediato quando elas detectam que esses motores estão sendo alimentados com combustíveis de baixa octanagem (gasolinas) e não com o etanol que sempre apresenta uma octanagem bem mais elevada além de ter o poder de resfriar bem mais as câmaras de combustão , características essas que eliminam e dificultam o aparecimento das sempre nocivas e perigosas detonações que podem destruir qq motor turbo e até os motores aspirados flex de elevada compressão num curto espaço de tempo.

Portanto , atualmente é quase que OBRIGATÓRIO a utilização de combustíveis da mais elevada octanagem até para se obter o máximo rendimento desses motores turbo e mesmo os aspirados dessa mais recente geração e com uma maior segurança e proteção.

Lembrando que as gasolinas comuns e aditivadas tem atualmente apenas 93 octanas RON.

Gasolinas premium apresentam uma octanagem variando conforme a marca indo de 98 octanas RON até 103 octanas RON.

E que o nosso nobre e sempre desprezado etanol, além de ser o mais barato de todos os combustíveis nacionais, oferece nada menos do que 117 octanas RON.

E assim, que cada um faça suas escolhas pessoais ao abastecer !

De fato, pode ser isso mesmo, afinal já sabemos que os motores da Hyundai do Brasil originam-se lá na matriz na Coreia do Sul onde não existe etanol, embora tbm sabemos que eles desenvolvam e apliquem aqui na fábrica de Piracicaba-SP todo o programa flex com as suas suas devidas modificações e calibrações.

Obs : E como aqui nesse nosso imenso Brasil SEMPRE ocorreram essas frequentes adulterações de nossas gasolinas, por ser mais fácil essa prática e ainda bem mais difícil de serem detectadas, ocorre com uma maior frequência o acendimento daquela luz amarela de pane da injeção no painel dos veículos a gasolina e em uma menor incidência , até nos motores flex quando abastecidos com qq dessas gasolinas..

Com os veículos importados isso se torna ainda mais grave devido a uma menor tolerância desses veículos importados quanto a qq abastecimento com essas gasolinas com alguma possível adulteração.

E isso ocorre devido a uma evidente falta mais eficaz de uma bem mais rigorosa fiscalização por parte da ANP e que por isso mesmo, essas adulterações correm soltas e livres por todo esse Brasil , infelizmente.

Já com o etanol, uma possível adição de água é a unica maneira para se adultera-lo mas felizmente que por força de lei federal, TODAS as bombas de etanol hidratado do Brasil devem apresentar obrigatoriamente aquele densímetro funcionando perfeitamente ao lado de cada uma dessas bombas de abastecimento mostrando se o etanol abastecido está na realidade dentro das especificações da ANP e isso é o que ajuda e inibe a uma diminuição dessas tentativas de se adulterar o etanol hidratado.

Já com qq das gasolinas nacionais, literalmente sempre se compra "gato dentro do saco" ou "gato por lebre" pq nunca teremos de fato, a absoluta certeza da real qualidade dessas gasolinas que se abastece em qq um desses postos.

Pesquisando na net, vi que o Eduardo Bernasconi testou em seu dinamômetro naquele seu canal no YouTube, um HB20 sedan 1.0 TGDI 2020 abastecido com etanol , mas ele só informou os valores de potencia e o torque obtido nas rodas e não no motor.

Potencia variando entre 95 cvs a 100 cvs nas rodas e o torque ao redor de 16 kgfm tbm nas rodas e de acordo com o que ele anunciou, parece que ele testou esse HB20 com o ar cond. ligado.

Para transformar esses valores de torque e potência obtidos nas rodas para o motor assim no chute seria mais difícil pq cada dinamômetro tem suas próprias correções para informar esses valores tanto nas rodas e tbm no motor.

E que esses fatores de correção ainda são diferentes dependendo ser o veículo com câmbio aut. ou com manual.

Lembrando tbm que o procedimento correto e oficial é o de sempre analisar qq motor de veículo em qq dinamômetro de rolos sem que o ar cond. esteja ligado.

Então, por isso achei muito vago e impreciso esse teste nesse dinamômetro.

Se vc achar algum outro teste mais confiável com um HB20 1.0 TGDI no etanol , por favor nos informe !

Então, o que já se sabe é que sempre com os câmbios manuais , os valores de torque e de potencia de qq motor obtidos até as rodas será sempre maior do que nos casos de câmbios aut.

A única excessão quanto a essa regra até agora são os câmbios de dupla embreagem em que neles não há perdas por deslizamentos desse sistema aut.

E a grosso modo, com os câmbios manuais existe uma perda de 12% a 15% nesses valores do motor até eles chegarem nas rodas enquanto que nos câmbios aut. com conversores de torque essa perda fica entre 20% a 24% desses valores.

E voltando ao assunto de consumo médio abastecendo sempre com etanol 100%, estou conseguindo 9,2 kms/l com o nosso HB20 1.6 manual , trafegando basicamente no perímetro urbano , mantendo sempre o pé bem leve no acelerador, acelerações suaves até um máximo de 2000 rpms em todas as marchas e sem ligar o ar cond. e circulando com o veículo quase sempre vazio.

Só estou perdendo nessa média de consumo para o Ford Ka Sedan 1.5 manual do meu irmão que circulando em situação semelhante a do nosso HB20 consegue chegar à médias de até 9,4 kms/l tbm abastecido apenas com etanol do mesmo posto.

Mas é um veículo 2020 , tbm comprado zero KM e muito bem amaciado e sempre muito bem cuidado igual ao nosso HB20, que está rodado apenas 20 mil kms até agora contra o nosso HB20 2013 com quase 93 mil kms rodados até agora, sem falar que o motor desse Ka sedan é 1.5 com 1 cilindro a menos comparado com o motor 1.6 do nosso HB20.

Mas é no desempenho que esses dois veículos mostram-se quase empatados, com uma bem leve vantagem para o motor 1.6 Gamma.